Jesualdo minimiza discussão entre Pituca e Soteldo e elogia o Santos: "Qualidade e intensidade"

Técnico tira importância do atrito entre os jogadores e destaca comportamento do time

Jesualdo Ferreira foi só elogios ao Santos após a vitória por 3 a 1 sobre o Mirassol, neste sábado, na Vila Belmiro, pela nona rodada do Campeonato Paulista. O treinador ressaltou que o time criou inúmeras oportunidades de gol e que o placar poderia ter sido maior.

– Acho que fizemos uma primeira parte, fundamentalmente 30 minutos, de muita qualidade e intensidade. Nossa estratégia era não demorar a fazer gol, vínhamos de dois jogos muito fortes. Não descansamos, mas estivemos tranquilos. Nosso adversário tomou iniciativa, e aproveitamos espaços. Criamos inúmeras ocasiões de gol. Se tivéssemos concretizado, seria mais fácil de controlar.

– Sofremos o gol em lance lateral, algo que temos de melhorar bastante. Começamos o segundo tempo com duas chances claras, não fizemos, e eles aumentaram a pressão. Nossa linha defensiva jogou muito bem. Nos 90 minutos foi um bom jogo, ganhamos com todo mérito, resultado merecido – disse Jesualdo.

Jesualdo também comentou sobre o clima no vestiário após o fim do primeiro tempo, quando Diego Pituca e Soteldo discutiram na saída de campo. O treinador minimizou a situação e relacionou a discussão ao ritmo do jogo e ao idioma dos jogadores.

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Jesualdo Ferreira na partida entre Santos e Mirassol — Foto: Luis Moura / Estadão Conteúdo

– Um é brasileiro, outro hispânico. Podem não se entender. Jogam de lados diferentes, cansados do mesmo lado. Quando coloquei na direita, reclamaram. Hoje, botei no meio no final. Ele (Soteldo) tem que jogar em toda a frente, não só na esquerda. Tem que ser mais dinâmico. É como casamento, pode estar um bocado farto. É Dia da Mulher e não posso falar nada mal. Depois eles deram beijinhos e está tudo bem. Normal isso – revelou o técnico, que elogiou a atuação de Pituca na partida.

– Pituca é curioso. Sempre pensei no Pituca como interior, médio interior de características ofensivas. "Box to box" (jogador que atua de uma área até a outra) em 90 minutos, qualidade física e força mental. Por que volante? Tinha que estar mais posicional. Mas gosto dele assim, até na direita como na parte final do jogo. É um jogador que gosto muito, tem vantagem de fazer ala esquerda no 4-4-2, lateral como fez se tiver problema... Quando é para jogar só um, também joga.

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Outro que ganhou elogios do técnico foi Madson. O lateral-direito fez sua estreia com a camisa do Peixe na partida.

– É lateral diferente do Pará, um com mais experiência, entrou e nada ocorreu, e outro mais jovem, com muita experiência. Profundidade que às vezes é necessária. Está com ele, no corpo e na cabeça, à resposta necessária da lesão que teve, com pouco tempo de trabalho para jogar nessa intensidade e taticamente muita coisa para registrar também. Lateral para frente, que vai e vem, para trás é mais difícil. Na frente vai muito bem. É preciso tirar vantagens disso - afirmou Jesualdo.

O Santos volta a campo na próxima terça-feira, às 19h15, na Vila Belmiro, quando enfrenta o Delfín-EQU, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.

*Colaborou sob supervisão de Carlos Augusto Ferrari.

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